Quando estou em suas mãos meu Pai não importa que eu esteja sozinha em meu banco de praça... Fui agraciada infinitamente pelos sonhos e neles posso ir muito além das montanhas... Posso até mesmo voar feito uma borboleta... bailarina com asas bailando em meio ao vento... passear entre as árvores... brincar... rodopiar... ser folha ao vento também e aproveitar a brisa para vagar e ir à caminho do horizonte onde o céu está profundamente azul.... e o sol brilha abundantemente... enquanto caminho... vivo... amo... amo simplesmente... mesmo permanecendo aqui esperando que me levem para dentro de casa... ou de um outro coração igual ao meu que não teme o simples gesto de amar e sonhar... e em cada sonho meu... estou em paz e sou o que preciso ser... pois sou criatura Tua... e todos os dias aprendo amar sem medida... sem distinção... enquanto aqui preciso for eu ficar... simplesmente apreciar o espaço à frente do banco em que estou sentada e aprecio a vida e o milagre que ela tem... sou o que sou... nada além de mim... Cirlei Fajardo