30 de mar. de 2016

Escuridão de minha Alma...






A noite vem chegando mansamente mais uma vez...
da janela de meu quarto olho a rua que ainda tem
a confusão do dia... pessoas indo e vindo distraídas...
nas suas próprias memórias... na pressa de chegar 
em suas casas e fecharem a porta atrás de si...
O que restou de nós é como a noite que cai...
sem estrelas e sem a lua como testemunha silenciosa
dos nossos abraços e beijos dados ao luar... 
O tempo está passando e cada vez nos distanciamos
mais... mais e mais... cada um vai para uma direção
diferente.... a passos lentos mas que não cessam...
o quarto está silencioso como eu e o meu coração...
já não tem a sua voz.... a sua presença amada.... 
nesta solidão profunda me deito em nossa cama...
onde antes era lugar de aconchego.... hoje o frio e 
a solidão a transformam em algo somente necessário
para a passagem da noite para o dia seguinte... quando
fecho os meus olhos ainda vejo o seu sorriso... o seu 
olhar profundo e amoroso dizendo boa noite...
no espaço de tempo que ainda me resta procuro 
você nos meus sonhos mas não te encontro mais...
somente o vazio e nada mais... somente a escuridão...
ela toma conta de mim e do meu sono tranquilo e o
transforma em pesadelo e dor... uma vontade de 
não mais acordar no dia seguinte....porque você não 
estará aqui a minha espera com um doce sorriso...
não há mais razão... somente dor... e nada mais...
me visto com o negro da noite... torno-me escuridão...
não há mais razão para sorrir ou continuar a jornada...
espero pelo dia seguinte e por um outro lugar onde
a dor não tenha mais razão e não exista mais essa 
solidão em que minha alma ficou aprisionada... sem
esperança... sem paz... sem o seu amor.... sem você...

Cirlei Fajardo
03 de fevereiro de 2016

24 de mar. de 2016

Butterfly Waltz





Borboleta Aprisionada...

Quando posso voar...
me misturar ao vento...
dançar a melodia que toca...
doce e farta como mel...
sou uma bailarina com asas...
em gestos precisos...
mágicos...
sou poesia em gestos...
quando aprisionada...
sucumbo...
deixo de existir...
Cirlei Fajardo
24 de março de 2016

Borboleta levada pelo Vento...





Borboleta levada pelo Vento...



Nas areias que o tempo leva...

abro minhas asas de Borboleta...

num balé intenso 

minhas asas dançam

ao Vento pertenço...

sou parte dele mais uma vez... 

livre e esvoaçante...

minhas asas ao seu redor

o doce perfume de baunilha e almíscar 

nos embriaga e envolve...

dançamos até a exaustão profunda...

Sou a Bailarina com asas Amarelas...

Você o Vento que me leva...

por um momento somos um...

Vento e Borboleta...

sintonizados e vibrando juntos...

num ritmo perfeito e eloquente...

apaixonadamente... unos...

pelo resto do tempo que nos resta.



Cirlei Fajardo

24 de março de 2016

23 de mar. de 2016

Someone Like You





SOMENTE O TEMPO NOS MOSTRA O CAMINHO QUE PERCORREMOS NA LUZ E NA ESCURIDÃO... 

AS PALAVRAS DITAS E NÃO DITAS... 

ASSIM COMO AS ATITUDES QUE FICARAM DO QUE UM DIA FOI PROMESSA PRONUNCIADA...

MAS O VENTO LEVOU PARA BEM LONGE DE NÓS...



CIRLEI FAJARDO

Way Back Into Love [A Schlesinger]

ANJO MEU





ANJO MEU...



ME ALIMENTO DA POESIA

QUE TRAZES TODOS OS DIAS...

FAÇO DOS MEUS DIAS E NOITES.... 

UM POEMA...

DAS LÁGRIMAS QUE DOS MEUS OLHOS CAEM

NOS DIAS TRISTES... 

DO RISO FARTO QUE DOS MOMENTOS 

DE ALEGRIA BROTAM...

MEUS OLHOS SEMPRE BEM ABERTOS

PARA  QUE NAS ENTRELINHAS

EU POSSA TE LER TAMBÉM...

JAMAIS FICO SÓ...

PORQUE DO MEU LADO

ANJO TU ESTÁS...

SEMPRE PRONTO...

SEMPRE ACOLHEDOR...

E ACOLHIDO...

PARA QUE DOS MEUS VERSOS

TAMBÉM POSSAS SE ALIMENTAR...

COMO QUEM SE ALIMENTA DE SONHOS...

DE SENTIMENTOS À FLOR DA PELE...

E DE POESIA COMO EU...



CIRLEI FAJARDO

21 de mar. de 2016

O MAR E A AREIA





O poema abaixo é um dos meus prediletos... um breve momento em que o tempo parou e o Mar e a Areia se encontraram... passearam... enquanto uma canção tocava... e o céu a tudo assistia enquanto da cozinha de minha casa eu me transportava para esse lindo lugar no vídeo... é assim que nasce a poesia... um breve mas infinito tempo... tempo de poesia... 


O MAR E A AREIA...

Que posso dizer do tempo...
sobre o que vai além dele...
além da areia... do mar e do horizonte...
O mar vem todos os dias...
E da areia quer ficar mais próximo...
vem calmamente...
e a toca suavemente...
nos dias de sol...
noutras intempestivamente...
profundamente...
quando a tempestade vem...
passa o dia assim...
indo e vindo...
brincando com a ela... 
e a cada vez que vem...
leva um pouquinho dela...
num ciclo sem fim...
ninguém o conhece o suficiente...
guarda grandes mistérios...
e o que dizer do farol...
farol apagado... 
não guia ninguém...
fica ali... contemplando o horizonte...
farol precisa brilhar...
mostrar o caminho...
guiar os barcos que
da praia se aproximam...
E o que direi do céu...
intensamente azul... 
pintado de nuvens...
me mostrando o infinito...
e do meio de suas nuvens
surja chuva...
mansa... fina...
ele pode também escurecer...
trazendo temporal...
mas está sempre ali...
sobre as nossas cabeças...
dia e noite...
sobre o mar e sobre a areia...
e destes dois ser o coadjuvante
observador... 
e dos segredos do mar e da areia...
tudo saber...
E o que direi de mim...
serei mar...
carregarei a areia para passear comigo...
ou serei areia levada pelo mar...
e embora passe o tempo...
o dia e a noite...
o céu a tudo contempla...
tudo observa e tu vê...

Cirlei Fajardo
04 de outubro de 2014