10 de jul. de 2014

"PONTES ENTRE NÓS".

Todos temos pontes para atravessar e às vezes elas são tão longas...
e com um abismo imenso aparecendo por entre as frestas dela...
e o medo de cair nele e não mais se encontrar é tão grande...
As pontes servem para aproximar pessoas... mas nunca para separar...
Quando ela separa não tem mais a finalidade para a qual foi criada...
e é preciso abandoná-la... procurar outro caminho... outro rumo...
Algumas pontes, mesmo com seu pilar extremecido ainda podem ser utilizadas...
se houver a vontade infinita de se querer chegar ao outro lado... porém...
quando não se quer ir para o outro lado da ponte...
a travessia se transforma em algo que nunca vai existir...
e os lados opostos se tornam distantes... muito longuínquos...
e as mãos jamais irão se encontrar... jamais dois seres serão apenas um...
Temos todos os tipos de pontes... resistentes... aguentam uma porção
de coisas sobre elas... outras muito frágeis... balançam com qualquer vento...
passar por elas é um grande risco...
e não passar dependerá de nós e do nosso receio dela cair conosco...
nesse momento será necessário procurar outro caminho
para chegar ao outro lado intacto... e com os pés firmes ao chão...
Muitas vezes só existirá essa ponte... e não haverá por onde desviar...
Vamos precisar passar por ela de qualquer maneira...
É um risco que corremos...
Passar e cair com a ponte e não atingir objetivo nenhum...
Ou passar por ela e chegar ao outro lado onde estarão esperando por nós...
todos os sonhos... objetivos... pessoas e as coisas que almejamos atingir...
Uma ponte é sempre um caminho mais curto para se chegar ao outro lado...
Continuar e seguir adiante?
Ou seguir por outro caminho... mais longo e demorado...
e chegar com segurança e sem perigo algum do outro lado da ponte?
estarão lá ainda esperando por nós tudo àquilo que queríamos?
Valerá a pena? ou será trabalho inútil?
e tudo que precisamos sempre esteve do lado da ponte em que estávamos?
e nunca teríamos precisado começar essa travessia.

Cirlei Fajardo
fevereiro/2014

Nenhum comentário:

Postar um comentário