Poesias... Crônicas... Vídeos Poemas Momentos poéticos de outros poetas.. Pensamentos... Dissertações... Ponto de vista da autora... Reflexões... Frases... Contos... Estudos... Música...
31 de out. de 2017
A MORTE SOB A LUZ DA VELA...
A morte sob a luz da Vela...
Quando adentrei por tua porta aberta
me prendi aos seus sonhos simples
que pareciam ser também os meus...
Me vi em lugar seguro e dentro de
braços perfeitamente reais e amorosos...
Me vi cercada de tudo o que eu precisava
e fiz dos seus braços o meu lar...
Mas não percebi que seus sonhos eram outros
muito distantes de qualquer sonho meu...
Quando percebi eu estava ali mergulhada
apenas em lembranças de um amor que não era
o amor doce que eu acreditava viver...
O sonho bom tornou-se pesadelo sem fim
e de gigantesco terror para os meus dias...
Os lindos olhos de estrelas tornaram-se
abismo profundo e escuro e eu mergulhava nele
mais e mais sem querer me salvar...
Abismos não têm alma ou sonhos
são apenas abismos mortais que ferem
sem piedade nossa carne com pontiagudas rochas
ao seu redor e no final se tivermos sorte ainda
pode existir um pouco de água para aplacar
a queda vertiginosa e derradeira de nossos
corações já dilacerados pela dor da queda
sem volta e certeira...
Alguns nem mesmo água possuem e em seu âmago
possuem somente rocha pontiaguda a esperar por nós...
Se eu tivesse percebido antes...
Se eu não tivesse adentrado em sua porta aberta...
Se eu tivesse percebido que você já não estava ali...
Se eu tivesse visto que seus sonhos já eram outros...
Por que você não me avisou que era somente
um abismo negro e não tinha nada a me oferecer
que não fosse a morte de mim mesma...
Minha alma já não vive mais aqui...
Você a roubou e levou para a negra eternidade
onde vivem as almas que como eu sucumbiram
aos seus encantos diabólicos e malignos...
Entre palhas estou cercada de chagas...
A alma de menina alegre e feliz ficou sentada
na sua sala diante de seus olhos sob a luz de
uma vela crepitando numa mesa cheia de búzios...
Cirlei Fajardo
Um Jahgun em minha vida...
31 de outubro de 2017.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário