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Meu coração é casa onde a porta fica sempre entreaberta...
As janelas escancaradas recebem as manhãs frias vestidas com a esvoaçante neblina de outro final de inverno...
Os dias ensolarados de primavera chegando...
Vislumbro seu sorriso nas janelas da tua alma amorosa e gentil...
Ahhhh pudesse eu agora estar e tocar seu sorriso cativante, sedutor, acolhedor de almas como a minha...
Tão doce é o pulsar nas veias que perambulam todo o meu e o teu ser...
Ahhhh gelo... só em pensar como seria mágico esse encontro de almas irmãs que em devaneios se encontram em êxtase puro e inenarrável prazer...
As rosas começam a surgir nos galhos das roseiras afoitas em desabrochar em todas as suas cores...
Percebo minha alma tocada com teu tão suave toque na música tocando, estou na ponta dos seus dedos dedilhando todas as notas e de dó ao si... sigo... sempre Ci...
Guardo-me em minha concha e novamente adormeço no calor das minhas cobertas, abraço quente que me abraça suavemente...
Ouso sonhar sem receio e lá... no meu sonho... lhe dou cada um dos meus sorrisos... e entre risos estamos moldados um no outro carinhosamente como o sabemos ser... eu e você no mágico sonho que só poetas sabem ler... ouvir e calar a voz da alma que grita... sou teu sonho mais bonito.
Uma bela frase para começar mais um silencioso domingo...
Enquanto muitos dormem perambulo pela casa ouvindo o
silêncio que habita aqui...
A rua também silenciosa começa a despertar para um novo dia...
Ouço o som de carros passando na avenida e a geladeira funcionando...
Ouço o tamborilar do meu próprio coração compassadamente sinalizando que ainda estou por aqui...
Na memória o dia de ontem... o triste cortejo matutino... a despedida...
O suave aroma do almoço pronto... o cheiro de shampoo nos cabelos molhados... a preparação para o sagrado encontro comigo e com Oxalá... o vibrar dos meus próprios pés ante o poderoso som dos tambores...
Ninguém nunca saberá o que se passa aqui dentro deste peito
que inspira amor e expira gratidão por estar ali...
entre Marias... Joãos... Joaquins... Jorges... Josés... Romeus...
O perfume do incenso... do cachimbo, dos palheiros e o brilho das velas acesas me levam para muito longe da cadeira diante do tronco de uma árvore cortada que um dia já esteve enraizada em terra viva e pulsando como eu...
Sentir os pés descalços e não me importar com que sapatos eu saí
de casa... desejar alguns ali comigo diante do maravilhoso exercício
da fé... me abandonar e deixar lá no portão todas as coisas que não precisam me acompanhar... ou escravizar... só sentir o ruflar das asas sobre mim e aquietar minha mente me entronizando nesta magnífica metamorfose que acontece a cada inspiração e expiração na vida pulsando em mim.
Sentar-me à frente e entregar-me mansamente a fumaça do cachimbo,
perfumar-me e benzer-me contra o mal que me acerca diariamente e
sorrateiramente deseja tomar conta de minha alma que caminha na
busca de respostas e de encontro com a minha morada em Aruanda.
Qual a importância de sair dali cheirando a fumaça intragável para
muitos que fogem do sagrado ato de se entregar aos cuidados de um
pai, mãe, avô, avó, ou anjo guardião... seja lá que nome tenha e se
identifique para o mundo carnal... o que importa é o que levam... e o
que deixam conosco quando voltamos para a nosso abrigo temporário.
Somos mais ariscos do que animais irracionais que na sua irracionalidade deixam-se ficar sob as bençãos e mandingas de velhos
e sábios anciãos que viajam distâncias muito longas para estarem
alguns instantes conosco nos bendizendo à pedido de Oxalá.
Meus cabelos, meu corpo físico, minhas roupas, é tudo emprestado e
aqui ficará assim que eu seguir adiante, em Aruanda não precisarei de nada disso, lá serei fragmento divino e num infinito caminho iluminado e amoroso perambularei o universo em asas de qualquer cor sem estar amedrontada de caminhar entre a luz e a escuridão de almas que caminham à esmo e perdidas em busca de novas respostas para novas perguntas que surgirão certamente no tempo que não é meu, mas sim,
do tempo contido na fumaça de alguns cachimbos e incensos queimando no chão branco entre as correntes ainda existentes que a própria fé questiona e levanta como bandeira para a divisão do amor que deveria ser uno e universal entre os homens e toda a sua casta.
Por que insisto em caminhar por estes labirintos onde tudo pode acontecer e se esconder no passo seguinte, qual o objetivo de estar ali sendo a própria fumaça que se reverbera e tudo toca.
Acreditar que estou no lugar e no tempo certo é o primeiro passo para o passo seguinte e a próxima lição.
O ontem e o hoje se fundem e se confundem na lembrança de muitos que simplesmente vagam mas ainda não se encontraram e talvez não se encontrem e precisarão voltar ao ponto de partida e começar uma nova viagem por caminhos donde já caminharam e do qual não perceberam e contemplaram o necessário, o mínimo, a lição.
Cirlei Fajardo
texto iniciado em 17 de março de 2018 05h27min, complementado em
16 de novembro de 2019 16h51 a pedido de pai Romeu de Aruanda.
Uma bela frase para começar mais um silencioso sábado...
Enquanto muitos dormem perambulo pela casa ouvindo o silêncio que habita aqui...
A rua também silenciosa começa a despertar para um novo dia...
Ouço o som de carros passando na avenida e a geladeira funcionando...
Ouço o tamborilar do meu próprio coração compassadamente sinalizando que ainda estou por aqui...
Na memória o dia de ontem... o triste cortejo matutino... o suave aroma do almoço pronto... o cheiro de shampoo nos cabelos molhados... a preparação para o sagrado encontro comigo e com Oxalá... o vibrar dos meus próprios pés ante o poderoso som dos tambores... ninguém nunca saberá o que se passa aqui dentro deste peito que inspira amor e expira gratidão por estar ali... entre Marias... Joãos... Joaquins... Jorges... Josés... o perfume do incenso... o brilho das velas acesas me levam para muito longe da cadeira diante do tronco de uma árvore cortada que um dia já esteve enraizada em terra viva e pulsando como eu... sentir os pés descalços e não me importar com que sapatos eu saí de casa... desejar alguns ali comigo diante do maravilhoso exercício da fé... me abandonar e deixar lá no portão todas as coisas que não precisam me acompanhar... ou escravizar... só sentir o ruflar das asas sobre mim e aquietar minha mente me entronizando nesta magnífica metamorfose que acontece a cada inspiração e expiração na vida pulsando em mim.
Cirlei Fajardo
Quando vibro com o Sagrado
17 de março de 2018 05h27min
Meu pequeno grande anjo amigo abre tuas asas e voa... És livre...
Na liberdade dos teus versos cria as asas que precisas para alcançar o voo...
As grades que fazem do teu coração prisioneiro só existirão se tu o permitires...
Anda com os pés descalços no alecrim e sentes o perfume mais uma vez e o guarda em tua memória até o final dos teus dias...
Desnuda a tua alma de qualquer sentimento vão...
Tua alma é alva como uma manhã de inverno que mesmo fria é demasiadamente linda e envolvente...
Ainda descalço toca o chão e sente que também és terra firme e segura...
Jamais te lances no abismo escuro dos sentimentos...
Tu és luz abundante que resplandeces na estrada à tua frente...
És imensamente amado por nosso Pai...
Ele te tem sob o olhar atento e protetor...
Nada há de te faltares pois Ele proverá...
Quando sentires tristeza nos momentos de solidão canta uma canção...
Dance e não se importe se alguém parar para observar tua Alegria...
Em teu nome carregas a tua missão...
Cirlei Fajardo
30 de março de 2016.
Ao amigo de alma... canto uma canção... vivo a cada minuto a Alegria do Alegria... Palhaço Anjo... Pequeno mas muito grande Amigo... Clóvis Stoquini.
Nas areias que o tempo leva... abro minhas asas de Borboleta... num balé intenso minhas asas dançam e ao Vento pertenço... sou parte dele mais uma vez... livre e esvoaçante... minhas asas ao seu redor o doce perfume de baunilha e almíscar nos embriaga e envolve... dançamos até a exaustão profunda... Sou a Bailarina com asas Amarelas... Você o Vento que me leva... por um momento somos um... Vento e Borboleta... sintonizados e vibrando juntos... num ritmo perfeito e eloquente... apaixonadamente... unos... pelo resto do tempo que nos resta.